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Daniel Arcades

Águas de Alagoinhas inspiram espetáculo ‘A Lagoa das Feiticeiras’


Alagoinhas, no agreste baiano, virou palco de um evento cênico inspirado em suas águas. Com estreia em maio, “A Lagoa das Feiticeiras” vai reunir teatro, música e fotografia em uma homenagem artística à cidade, sua história, suas riquezas naturais e seu povo, além de promover diálogos sobre a urgente necessidade de ações de preservação ambiental em suas lagoas e rios. Inteiramente on-line e gratuito, o evento começa nesta quinta-feira (29/04/2021), com a abertura da exposição fotográfica “Irmãs-Águas” do artista Rai Cavalhier, seguida por uma série de bate-papos virtuais, de 4 a 7 de maio, até a estreia do espetáculo que acontece no sábado, dia 8 de maio.

Idealizado por alagoinhenses, o espetáculo tem concepção e direção de Antônio Marcelo e texto do dramaturgo e roteirista Daniel Arcades e propõe um intercâmbio entre artistas da cidade e outros já consagrados do teatro baiano. O enredo conta a história de um babalorixá que, consciente de sua impotência humana para salvar as fontes, rios e lagoas da sua cidade da destruição provocada pela humanidade, invoca as energias femininas do panteão afrobrasileiro para intervir e conduzi-lo nessa luta. Um embate entre as forças da natureza e a urbanização.

“A Lagoa das Feiticeiras é um projeto desafiador, não só por ser um híbrido de linguagens artísticas, mas também porque é um mergulho na nossa ancestralidade que traz à tona vozes silenciadas pela colonização para emergir o lado negro, originário e propor outras possibilidades de entender o mundo”, destaca o diretor artístivo Antônio Marcelo.

Produzido pela Dan Território, “A Lagoa das Feiticeiras” tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

“Este projeto parte de um desejo antigo de falar sobre histórias que estão no nosso imaginário enquanto alagoinhenses. A história parte de um local muito particular, mas se estende em um caráter global, destacando os problemas ambientais causados pela urbanização desenfreada. A peça parte do pensamento da fundação da cidade e questiona a ideia de progresso presente nela”, explica Daniel Arcades.


Programação

A exposição fotográfica virtual “Irmãs-Águas” abre a programação nesta quinta-feira, 29 de abril. O trabalho é do artista alagoinhense Rai Cavalhier e trata-se de um chamado para entender a relação da irmandade com as águas de Alagoinhas. Seguindo o leito do Rio Catu, um dos principais da região, as fotografias destacam a relação crucial do povo com as águas em atividades como a pesca, agricultura familiar, atividades domésticas e para fins religiosos, por exemplo. A mostra estará disponível até o dia 5 de junho, através do link: www.danterritorio.com.br.


A série de lives “Na Beira da Lagoa” integra a programação propondo um diálogo sobre questões importantes relacionadas às temáticas do projeto, incluindo meio ambiente, religiosidade Os encontros serão conduzidos pelo diretor artístico Antônio Marcelo, entre os dias 4 e 7 de maio, sempre às 19h, com diversos convidados e participação ativa do público via YouTube da Dan Território.

Os bate-papos começam no dia 4 com o tema ‘A cidade, a natureza e o sagrado’, com participação do babalorixá e cantor Ed Oladelê; no dia 5, o projeto fala sobre ‘Biomas Alagoinhenses’, recebendo Gracineide Almeida; no dia 6, a historiadora Eliana Batista fala sobre ‘História e a construção da cidade’ e, fechando o ciclo, no dia 7, o papo é com o artista plástico Littus Silva, sobre ‘Identidade cultural da cidade através da arte’.


Espetáculo

‘A Lagoa das Feiticeiras’ estreia no dia 8 de maio, às 20h, no YouTube Dan Território (bit.ly/2PsMGbj). O nome homenageia uma das poucas lagoas remanescentes da cidade de Alagoinhas, espaço que ainda guarda grande riqueza natural, envolto em lendas e mistérios. O espetáculo conta com direção artística de Antônio Marcelo, texto de Daniel Arcades, direção de movimento de Edeise Gomes, direção musical de Victor Vogel além das vozes de Ed Oladelê, Márcia Lima e Hiran que cantam e atuam com moradores da cidade de Alagoinhas.


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